sábado, 4 de setembro de 2010

EU GOSTO DE OLHÃO

E TU, Ó CIDADE

NÃO! …


Não faças isso rapaz, não estudas nada ó moço, ai este rapaz que não sabe fazer nada, o que vai ser de ti meu filho. Não, não vou por aí… escreveu Régio no seu Cântico Negro.

A palavra Não, citada pela minha mãe quando queria incentivar-me para o estudo ou para fazer qualquer coisa, tem a mesma dignidade que no verso de Régio. A sua sonoridade é imperial, exige com suavidade, com elegância e carinho até.

A palavra Não é a mais democrática entre todas, porque é simultaneamente clara e poderosa. Mesmo quando ama. A si e aos outros que a utilizam. Nem todos gostam dela porque é uma palavra sábia e exige de quem a pronuncia, muita coragem e saber.

Não se pode, não se deve subestimar a palavra nem o seu significado. Não, não é apenas o contrário de sim; é mais forte em todos os sentidos. A palavra Não, é uma companheira inseparável da dúvida, discute-se muitas vezes, e, se cai no decorrer da luta, rapidamente se levanta. É uma grande palavra, gosto dela, dialogamos bastante, tiro as minhas conclusões e ela, palavra, também.

Talvez que o seu parente mais próximo seja a negação. Se bem que negar tenha força mas, o Não é tudo isso e um pouco mais. É o Não recusa. Este é Não puro.

E é este não que quero dizer ao Mário Proença, um não a querer dizer, não posso dizer-te não à colaboração que me pediste. Falo do Mário Proença a quem dediquei um soneto, no livro de poesia que vou publicar em breve, porque é um homem amigo e solidário.

Aí vai o soneto que lhe dediquei:

MEU CARO AMIGO,
Ao Director do jornal, “O OLHANENSE”,

Muito obrigado por aquilo que diz
Acerca do que escrevi para o jornal
Eu também gostei daquilo que fiz
Pois, para mim OLHÃO é especial

Sou de Faro mas de Olhão tenho
Apreço, simpatia e grande doença
Pela amizade que à cidade mantenho
E pela consideração ao Mário Proença.

Sou do tempo de Escola do Poeira
Que com o Reina os metia na algibeira
Naquelas jogatanas com o BENFICA

Senhor Director aceite por favor
Os cumprimentos deste escrevinhador
Que com os seus encómios fica....

João Brito Sousa

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